quinta-feira, 5 de setembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Arquivos Digitais

Em meio aos avanços tecnológicos em diversas áreas, o arquivo vem enfrentando uma série de atualizações, grandes empresas que disponibilizam um capital econômico estável dispõe de recursos tecnológicos para guarda e conservação dos arquivos. Um arquivo digital em meio a nossa era tecnológica é interessante pois envolve economia de espaço, evita certos desgastes e esforços de Pessoal. É claro que um arquivo digital requer um profissional que seja especialista em ciências da informação pois o trabalho de autenticação, criptografia (proteção dos arquivos) e organização será complicado para uma pessoa que não seja da área. 
"A sociedade evolui culturalmente através da transmissão do conhecimento e de sua apropriação pelo indivíduo receptor da informação, sendo que a apropriação gera um novo estado de conhecimento. Segundo Brookes (1980), a obtenção de uma nova informação, mais o conhecimento preexistente e seu processamento resultará em um novo estado de conhecimento, o qual permite a evolução de nossa sociedade, cultura e tecnologias".*
Os documentos digitais são gerados e incorporados aos sistemas informatizados tendo como ponto de vista seu uso primário e sua operacionalização, com pouca ou nenhuma preocupação em relação à sua gestão e preservação. Essa visão ou falta de visão, é um dos principais problemas relacionados à preservação digital, pois a incorporação não é acompanhada e definida pelos reais gestores da informação, os profissionais da área de documentação e os profissionais da Ciência da Informação, causando um grande problema nos modelos de gestão documental das instituições (INTERPARES PROJECT). No caso da maioria dos sistemas informatizados, os documentos são gerenciados pelos próprios administradores e informáticos, o que pode levar a perda de documentos digitais e conseqüente perda da informação, mediante os atuais modelos de gestão documental das instituições.


A preservação digital atualmente é um dos grandes desafios da Sociedade da Informação, pois com a utilização dos recursos tecnológicos e a necessidade da automação da informação, surgiu um novo tipo de documento, o documento digital, o qual ainda é uma incógnita em relação à sua preservação ao longo do tempo.*



Ter um arquivo físico tem suas vantagens, se você tem uma legislação, um plano de manutenção e vê-lo com importância certamente não haverá problemas quanto a preservação e conservação do mesmo. 
Se ainda vivemos um problema de preservação física de um arquivo que não requer muito esforço cognitivo, na era digital os problemas quanto a preservação se complicam pois com esses avanços de gerenciamento de softwares é sinal que muito ainda temos que aprender. E por enquanto fiquemos com o arquivo físico, soluções a frente virão e desafios serão lançados. 

 *(PRESERVAÇÃO DIGITAL: A INFLUÊNCIA DA GESTÃO DOS DOCUMENTOS DIGITAIS NA PRESERVAÇÃO DA INFORMAÇÃO E DA CULTURA- 3 A preservação de documentos digitais e a cultura, página 77, Humberto Celeste Innarelli).



Legislação e Preservação

Para elaborar uma política de controle da usabilidade dos arquivos é necessário uma legislação que seja responsável pela manutenção e controle do mesmo. Nas postagens anteriores exemplificamos, mostramos os fatores de degradação e demos uma das soluções possíveis para prevenção de danos ao arquivo.Sim é de extrema importância, entretanto precisamos de que todas essas alternativas aqui postadas sejam efetivadas as suas ações fielmente ao que foi proposto, portanto, uma Política de Preservação onde leis e métodos sejam estabelecidos, para que sempre sejam respeitadas e fielmente aplicadas no que se refere ao arquivo institucional ou pessoal. 

Programa ou Plano de Preservação Institucional
  •  Tem que ser abrangente: deve incluir todos os acervos da Instituição: para que se possa obter uma compreensão completa de prioridades em longo prazo. A integração permitirá o enlace de atividades da Preservação com outras atividades previstas do planejamento estratégico.
  • Baseia-se nas necessidades colhidas num trabalho prévio de avaliação de estado de conservação das coleções.*

Levantamento do estado de conservações das coleções

As avaliações das necessidades das obras do acervo são essenciais à elaboração do Plano de Preservação e devem ser realizadas antes que um plano seja esboçado e tem que ir de encontro com as necessidades de uma Instituição e das ações requeridas para alcançar essas necessidades.
Procedimentos:

a) O levantamento do estado de conservação do acervo deve avaliar as políticas e as condições de uma Instituição que afetam a preservação de todas as coleções;

b) Deve se dirigir ao estado geral de todas as coleções, às necessidades para melhorar o estado em que se encontram, e como preservar as coleções em longo prazo;

c) Deve identificar necessidades específicas da Preservação, recomendar ações para alcançar essas necessidades e priorizar as ações recomendadas;*




*Política de Preservação de Documentos Arquivísticos,Programa ou Plano de Preservação Institucional, Arquivo do Estado de São Paulo,Março 2011, Norma Cianflone Cassares(Conservadora/resturadora de acervos bibliográficos).

Conservação Preventiva

Um pouco sobre as Técnicas de conservação eficazes para um bom desempenho de trabalho aliado a saúde do arquivo.

Como proporcionar um bem estar físico ao Arquivo de sua empresa?


Os métodos da Conservação Preventiva baseiam-se no conceito de que a deterioração dos acervos pode ser reduzida de forma substancial através de controle de fatores presentes no ambiente de guarda do acervo e dos procedimentos aos quais são submetidos. Alcançam seus objetivos por meio de inserção de políticas e procedimentos:
  1.  Controle dos fatores ambientais;
  2.  Manuseio e procedimentos para armazenagem;
  3.  Exposição;
  4.  Transporte e uso;
  5.  Manejo integrado de pragas;
  6.  Preparo e resposta a situações de emergência;
  7.  Gerenciamento de riscos;
  8.  Reformatação/duplicação quando o objetivo é a conservação do original;*


*Política de Preservação de Documentos Arquivísticos,Conservação Preventiva, Arquivo do Estado de São Paulo,Março 2011, Norma Cianflone Cassares(Conservadora/resturadora de acervos bibliográficos).

Fatores que influenciam negativamente nos Arquivos

Atualmente a maioria das empresas e instituições sejam públicas ou privadas não possuem um certo zelo por seu setor de Arquivos, tratam-os como segundo plano, esquecendo de que ali se encontra o "coração" da empresa.

Existem diversificadas políticas e normas que estabelecem critérios de armazenamento dos arquivos, vale lembrar que é importante um bom armazenamento do seu arquivo e estabelecer uma tabela de tempo para ele, assim a massa documental é enxugada e o ambiente também fica menos susceptível a bactérias e vírus prejudiciais a saúde. São agentes causadores..






Estrutura e deterioração de coleções em papel

 FÍSICOS


  • Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes no processo de degradação dos materiais bibliográficos.
  • Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mesmo que as condições de conservação sejam boas. O papel fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto se chama envelhecimento natural.
  • Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o papel que a deficiência de água.
QUÍMICOS


  • Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto uma permanência duvidosa.Somemos ao elevado índice de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umidade relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na conservação de documentos em papel. 
  • Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos ácidos, ainda que nas condições de conservação mais favoráveis. A poluição atmosférica é uma das principais causas da degradação química.
  • Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes na documentação. Foi e é usada para escrever em papéis, pergaminhos e materiais similares, desde que o homem sentiu necessidade de registrar  seu avanço técnico e cultural, e é ainda indispensável para a criação de registros e para atividades relacionadas aos interesses de vida diária.



AMBIENTAIS


  • Ventilação - é outro fator a considerar como elemento que favorece o desenvolvimento dos agentes biológicos, quando há pouca aeração.
  • Poeira - outro fator que pode favorecer o desenvolvimento dos agentes biológicos sobre os materiais gráficos, é a presença de pó.


 HUMANOS
  • O Homem, ao lado dos insetos e microrganismos é outro inimigo dos livros e documentos, embora devêssemos imaginar que ele seria ser o mais cuidadoso guardião dos mesmos.*



Caso tenha uma condição ineficaz de armazenamento e exposição, os fatores acima citados iram contribuir para perda de informações o que pode gerar transtornos futuros para desenvolvimento de atividades e busca por informações.

*http://www.conservacao-restauracao.com.br/o_que_e.htm
http://vsites.unb.br/cedoc/conservacao.htm

A Memória

Conservar e preservar o quê? A Memória.

Os termos conservar e preservar tem total conectividade com a memória, essa que pode ser exemplificada por diversificados meios, em relação ao arquivo ela é feita através do papel, fotografia e até arquivo-monumento, segue o conceito:
A memória (do latim memorĭa) é a faculdade psíquica através da qual se consegue reter e (re) lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de factos, dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.Por outro lado, a memória é uma dissertação escrita podendo ser do foro científico, literário ou histórico. Também é sinônimo de memorando, isto é, um impresso usado comercialmente para pequenas correspondências, ou ainda um simples apontamento destinado a lembrar qualquer coisa (uma consulta no dentista, o pagamento da factura da eletricidade, etc.).No plural, dá-se o nome de memórias a um escrito narrativo em que são compilados factos a que o autor assistiu ou participou. Também se pode chamar de memória a um monumento comemorativo. Ao longo da história, foi mandado construir monumentos e/ou edifícios em memória de alguém (pessoas que se sacrificaram/perderam a vida em nome da pátria, por exemplo).
Um exemplo de arquivo monumento:


A Grande Pirâmide de Gizé
A mais antiga maravilha é a única que ainda está de pé


A Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, é a mais antiga das Sete Maravilhas do mundo antigo – e a única que ainda existe. Erguida em 2550 a.C., foi trabalho para muita gente. Estima-se que 100 mil homens tenham participado de sua construção, que levou cerca de 20 anos. Eram homens livres, pagos muitas vezes com comida e cerveja.
Três construções formam o complexo conhecido como Pirâmides de Gizé. Mas apenas a maior, a Grande Pirâmide, é considerada uma das maravilhas. Ela foi construída pelo faraó Quéops (seu nome egípcio era Khufu; Quéops é o nome grego, mais famoso) para ser sua tumba, no platô de Gizé, perto do Cairo. Suas dimensões são monumentais: 137 metros de altura – originalmente eram 147 – e 227 metros em cada lado da base. Ela foi a construção mais alta do mundo até a Torre Eiffel, em Paris, ser inaugurada, em 1889.
“As pirâmides eram obras nacionais, que reuniam todo o Egito, o que ajudava na unificação política”, diz o egiptólogo Antônio Brancaglion, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. “Existia, inclusive, uma espécie de fundação que geria os recursos destinados aos salários e materiais necessários para sua construção e manutenção.”



Monumentos como este citado (Pirâmides de Gizé) tem como objetivo preservar a memória daquela época, imortalizando-a em seu tamanho imponente e resgatando o passado seja político, econômico e social da época. Não devemos esquecer que o próprio interior da pirâmide nas paredes ali dispostas são relatados acontecimentos passados na época.



Quer se aprofundar nesses dois assuntos? 

Leia:

Apresentação

Bom dia, os conceitos Preservar e Conservar são inerentes a qualquer tipo de objeto, neste caso são pré requisitos para os arquivos (seja qual espécie for). A sociedade atual tem como lema descartar o que ficou ultrapassado o que difere totalmente da política de arquivos (a que esta em questão). 

 A Conservação e a Restauração visam salvaguardar o que consideramos bens culturais, que são produtos de nossa cultura do pensamento, do sentimento e da ação do homem. Esses “bens formam o patrimônio histórico e artístico, ou seja, nosso Patrimônio Cultural.”*

http://www.conservacao-restauracao.com.br/o_que_e.htm